Pedra nos rins

O que é?
As pedras nos rins são formadas por cristais presentes na urina que se agregam e formam o cálculo. A maioria (80%) tem um componente de cálcio. Também existem os cálculos sem o componente cálcico, como os de ácido úrico. É uma doença que acomete cerca de 12% dos homens e 6% das mulheres.

Sintomas
A clássica apresentação é uma dor de início súbito, intensidade severa, tipo cólica (em ondas), localizada na região lombar, que se irradia para o abdome anterior, usualmente em um dos lados.

Sintomas miccionais, como a sensação de que a bexiga não esvazia, podem estar associados. Não existe uma posição de conforto para o paciente, que usualmente apresenta-se inquieto, tentando encontrar uma maneira de aliviar a dor. Podem ocorrer náuseas e vômitos.

Cálculos localizados nos rins usualmente geram sintomas menos intensos, mas muitas vezes necessitam de tratamento.

A cólica renal ocorre se houver a obstrução do ureter (canal que drena a urina do rim para a bexiga) por um cálculo.

Causas e fatores de risco
Vários são os fatores associados a este distúrbio, tais como:

  • Predisposição genética associada à doença;
  • Fatores ambientais, como o clima quente;
  • Obesidade;
  • Dieta rica em proteínas e sal;
  • Baixa ingesta de líquidos.

Algumas doenças adquiridas também favorecem a formação de cálculos, como:

  • Hiperparatireodismo (hormônio que regula o metabolismo do cálcio)
  • Doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn.

Diagnóstico
Além da história clínica, normalmente típica, pode haver um pequeno sangramento na urina.

O diagnóstico definitivo é feito através de um exame de imagem. O melhor método, quando disponível e não houver contraindicação, é a tomografia computadorizada do abdome, que detecta a maioria dos cálculos. O ultrassom e o raio X do abdome também podem ser úteis.

Prevenção
A prevenção na formação dos cálculos urinários baseia-se principalmente em uma mudança nos hábitos de vida, especialmente com o aumento da ingesta de água e de sucos naturais (preferencialmente os sucos cítricos, como de limão), diminuição do sal e de alimentos ricos em proteína animal, atividade física regular, perda de peso.

É importante salientar que o paciente que forma cálculos depende muito de um esforço pessoal para esta alteração. Algumas vezes, baseado em uma extensa investigação clínica e laboratorial, é necessário o uso de medicamentos que alteram a composição da urina. Pode ser útil o acompanhamento em conjunto com o nefrologista.

Tratamento
O tratamento pode ser clínico, com controle da dor, com o uso de medicamentos que auxiliam na eliminação espontânea do cálculo. Alguns casos necessitarão de abordagem urológica.

Atualmente existe uma variedade muito grande de opções cirúrgicas pouco invasivas e com excelente taxa de resolução.

A escolha do método a ser empregado é baseada na posição e no tamanho do cálculo e deve ser individualizada e discutida com o médico assistente.

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